Rei Pelé
Edison Arantes do Nascimento[1] KBE, mais conhecido como Pelé (Três Corações, 21 de outubro de 1940[1] ou 23 de outubro de 1940[2]), é um ex-futebolista que atuava como meia-atacante.[3]
Pelé é considerado como o maior jogador da história do futebol, tendo fama internacional na condição de futebolista. Recebeu o título de Atleta do Século de todos os esportes em 15 de maio de 1981, eleito pelo jornal francês L'Equipe. No fim de 1999, o Comitê Olímpico Internacional, após uma votação internacional entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, também elegeu Pelé o "Atleta do Século". A FIFA também o elegeu, em 2000, numa votação feita por renomados ex-atletas e ex-treinadores como o Jogador de Futebol do Século XX.
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[editar] Biografia
Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, conhecido futebolista no sul de Minas Gerais, alcunhado Dondinho, em 1945, mudou-se com a família para Bauru (São Paulo). O nome "Edison" foi escolhido pelo pai para fazer uma homenagem ao inventor Thomas Edison.[6]
Ainda criança manifestou a vontade de ser futebolista. Ironicamente a alcunha "Pelé" que serviu para identificar o jogador considerado o maior goleador de todos os tempos teve origem num goleiro. Em 1943 o pai de Pelé jogava no time mineiro do São Lourenço. Pelé, que então tinha três anos, ficava bastante impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai e gritava: "Defende Bilé". As pessoas próximas começaram a chamá-lo de "Bilé". Muitas crianças colegas do garoto Edison tinham dificuldade em pronunciar "Bilé" e com o tempo o apelido virou "Pelé".
Com onze anos já jogava em um time infanto-juvenil, o Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a furtar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Sorocabana para vender em entrada de cinema e praças.
Posteriormente, viria a jogar no Baquinho, o time de maior referência da juventude do Pelé. O time principal era o Bauru Atlético Clube (BAC), da categoria principal da cidade e de onde derivou o nome do time juvenil. O convite para jogar no Baquinho partiu do Antoninho, que oferecia até emprego para os jogadores. Foi o Antoninho, ainda, quem dirigiu o primeiro treino do time. Depois, o Valdemar de Brito, famoso jogador do passado e técnico dos profissionais, passou a treinar a equipe. Foi ele quem levou o Pelé para a equipe do Santos, onde adquiriu fama internacional. Certamente, o brasileiro de maior projeção no exterior. Uma das pessoas mais conhecidas e reconhecidas no planeta.
Um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita a África em 1969. No transcorrer da guerra civil na África, para que Pelé e o time do Santos FC transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro.
Este fato fez lembrar o sonho do Barão Pierre de Coubertin ao fazer renascer os Jogos Olímpicos no século XX. Pois era costume na Grécia Antiga a decretação de um armistício quando da realização dos jogos olímpicos da época.
Pelé começou sua carreira no Santos FC, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a seleção brasileira dez meses depois. Nos anos 1960 foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no seu clube de coração, o Santos.[7]
Professor de Educação Física, formado em 1974, pela Faculdade de Educação Física de Santos (Universidade Metropolitana de Santos)
Na década de 1980, namorou a então aspirante a modelo Xuxa, sendo considerado o principal responsável pela projeção inicial dela na mídia. O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por iniciativa da própria atriz, que se tornara famosa e rica na TV e brasileira atuando como apresentadora infantil, e não por Pelé.
Foi ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998. Nessa época aprovou mudanças na Lei Zico, que passou a ser conhecida como Lei Pelé. A legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na verdade segue em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para contratação de jogadores.
Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona.
Em 3 de março de 2004, revelou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos. Lista esta que gerou polêmica, e críticas de vários segmentos da mídia, de jogadores, e intelectuais do futebol mundial.
Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.
[editar] Camisa 10
Depois de Pelé, a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior. No time do Santos e no do Cosmos de Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. Em sua estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de 1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas.[8]
[editar] Gol de Placa
O termo "gol de placa" surgiu por conta de um gol marcado por Pelé no Torneio Rio-São Paulo. O jogo em que Pelé marcou o primeiro gol de placa da história ocorreu em um dia 5 de março na partida Fluminense 1 x 3 Santos, válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1961. O gol ocorreu aos 40 minutos do primeiro tempo e foi o segundo de Pelé no jogo (Pepe completou para os santistas e Jaburu descontou para o Fluminense).
Após driblar vários adversários vindo do meio-de-campo com a bola dominada, Pelé venceu o então goleiro Castilho fazendo com que o Maracanã e o jornalista Joelmir Beting explodissem em euforia. O jornalista, empolgado com o fantástico gol que havia visto, disse que tal gol merecia uma placa tamanha sua beleza. Assim, uma placa de bronze foi feita e colocada na entrada do Maracanã onde permanece até hoje. Desde então, todos os gols marcados com rara beleza são intitulados "gols de placa".
[editar] Seleção Brasileira
- Estreia: convocado pela primeira vez pelo técnico Sílvio Pirilo depois de brilhantes partidas no Maracanã, na qual atuou em um combinado do Santos e Vasco da Gama (fonte: página oficial do Vasco na internet, acessada em 25 de março de 2008). Derrota de 1 a 2 para a Argentina em 1957, pela Copa Rocca. Gol dele.
- Copa de 1958: convocado com 17 anos, se machucou na véspera da competição, mas Paulo Machado de Carvalho resolveu levá-lo assim mesmo. Estreou no terceiro e decisivo jogo do Brasil, juntamente com Zito e Garrincha. Ele não marcou, mas o Brasil venceu por 2x0 a URSS. Nessa copa Pelé foi chamado pelos franceses de "Rei do Futebol", dando início a uma verdadeira lenda internacional, tornando-se uma das personalidades mais conhecidas do mundo durante o século XX.
- Copa de 1962: Pelé se machucou na virilha, no segundo jogo do Brasil. No primeiro ele havia feito um gol. Não jogou mais aquela competição.
- Copa de 1966: Pelé foi caçado em campo pelos adversários, que usavam do chamado "Futebol Força" para surpreender o Brasil. Jogou apenas duas das três partidas que o Brasil disputou naquela Copa. Fez sua última partida com Garrincha, na vitória de 2x0 sobre a Bulgária. Juntos, os dois astros nunca perderam uma partida de futebol pela seleção.
- Copa de 1970: Ameaçado de ficar no banco de reservas, quando Zagallo assumiu a seleção, Pelé jogou tudo que sabia e comandou o Brasil na sua mais impressionante campanha em Copas, ganhando definitivamente a Taça Jules Rimet.
- Despedida: Maracanã, dia 18 de julho de 1971, com público de 138.575 pagantes. Brasil 2 a 2 Iugoslávia.
[editar] Clubes
[editar] Santos Futebol Clube
- 1956 a 1974
- Estréia: Santos 7 - 1 Corinthians de Santo André, em 7 de Julho de 1956. (primeiro gol de Pelé, sexto do Santos na partida).[9]
- Última partida: Santos 2 - 0 Ponte Preta, 2 de Outubro de 1974.
[editar] New York Cosmos
- 1975 a 1977
- Última partida: New York Cosmos 2 - 1 Santos, no Giants Stadium (Nova Iorque), em 1 de Outubro de 1977. Pelé atuou um tempo por cada equipe e marcou o primeiro gol da equipe estadunidense cobrando falta.
[editar] As despedidas
- Além da Seleção Brasileira, Pelé se despediu como jogador do Santos em 1974 (vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta) e do New York Cosmos (1977, jogando um tempo em cada equipe, marcando um gol pelo time nova-iorquino que venceu o Santos por 2 - 1). Na festa estadunidense, com direito a participação de Mohamed Ali, Pelé daria seu grito repetido por milhares de pessoas: "Love! Love!".
- Seria a estrela de partidas de despedida de outros astros, como Garrincha em 1973 (fez um gol pela Seleção Brasileira, driblando toda a defesa adversária formada por estrangeiros que atuavam no Brasil); e da de Beckenbauer em 1982, quando fez seu último gol. Carlos Alberto Torres reclamou que Pelé não participou da sua despedida. Tanto Beckenbauer como Carlos Alberto, foram seus companheiros no Cosmos.
[editar] Polêmicas
Pelé sempre foi muito criticado por diversas de suas declarações.
- Durante o regime militar, deu declaração polêmica dizendo que "o povo brasileiro não sabe votar", o que provocou a reação de políticos na época.
- Em 2005, falou que Romário deveria se aposentar, ao que o mesmo replicou que Pelé "com a boca fechada é um poeta", completando que ele deveria "colocar um sapato na boca para deixar de falar besteiras". Também criticou Ronaldo por estar acima do peso em 2006, porém o jogador realmente estava muito acima do peso ideal.
- Em 2006, disse antes do jogo pela Copa do Mundo entre Brasil e França que tinha um mau pressentimento quanto ao jogo. O Brasil realmente acabou perdendo o jogo por 1 a 0.
- Muitos jogadores declararam que em campo ele era um "jogador sujo", e também costumava revidar as agressões dos adversários:
- Quando era ministro do Esporte, criou a Lei Pelé, que tinha como objetivo modernizar o futebol brasileiro ao transformar os clubes em empresas. A lei até hoje é polêmica: Pelé acusa os grandes clubes de terem deturpado o projeto original, enquanto os mesmos dizem que a lei teria facilitado a saída dos jogadores de seus clubes, favorecendo as transferências para o exterior.
- Seu filho Edinho (Edson Cholbi Nascimento) que jogou como goleiro pelo Santos, foi preso em junho de 2005[10] por envolvimento com o tráfico de drogas.
- Tem sete filhos reconhecidos: três com a primeira mulher, Rosemeri Cholbi, dois com a segunda, Assíria Lemos, e mais duas filhas extraconjugalmente, uma das quais Pelé foi obrigado a reconhecer a paternidade judicialmente, Sandra Regina Machado, ex-vereadora de Santos, vitimada por um câncer em 17 de outubro de 2006.
[editar] Estatísticas
- Partidas: 1375
- Gols: 1284
- Média de Gols por Partida: 0,93
- Recorde de gols em uma partida: oito gols, em 21 de novembro de 1964, na partida Santos 11 a 0 Botafogo de Ribeirão Preto (superado por Dadá Maravilha na década de 1970).
- Partidas pela seleção brasileira: 115 (92 oficiais)
- Gols pela seleção brasileira: 95
- 60 títulos ao todo
- Por 3 vezes rompe a barreira dos 100 gols numa única temporada.
- Sua melhor média de gols por partida: Em 1961 foram 111 gols em 75 jogos (1,48 gols/jogo)
- Atleta do século
[editar] Gol 500
Marcado em 2 de setembro de 1962, na partida Santos 3 a 3 São Paulo. Pelé marcou dois gols na partida, sendo o segundo o 500º gol.
[editar] Milésimo gol
Marcado em 19 de novembro de 1969, às 23h11, Vasco 1 - Santos 2, com 65.157 pagantes.
A partida era válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o campeonato brasileiro da época. Aos 33 minutos do segundo tempo o zagueiro do Vasco Renê cometeu pênalti. Pelé cobrou com pé direito no canto esquerdo do goleiro Andrada, que se esforçou, mas não conseguiu defender o pênalti. Andrada não queria sofrer gol de Pelé pois achava que deixaria de ser conhecido como bom goleiro e passaria a ser lembrado somente como o goleiro do milésimo gol.
Ao ser cercado pelos repórteres, Pelé disse: "Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas".
Pelé vestiu uma camisa do Santos de número 1000 e deu a volta olímpica no Maracanã.
[editar] Recordes
- Mais jovem artilheiro Campeonato Paulista: 1957 - Santos (fez 17 anos durante a competição)
- Mais jovem Campeão Mundial: 1958 - Brasil (17 anos)
- Mais jovem Bicampeão Mundial: 1962 - Brasil (21 anos)
- Único Jogador tricampeão mundial: 1958-1962-1970 - Brasil
- Maior ganhador de Campeonatos Nacionais do Brasil - 6 conquistas (1961-1962-1963-1964-1965-1968).
- Maior artilheiro em uma temporada do Campeonato Paulista: 1958 - 58 gols
- Maior número de temporadas como artilheiro do Campeonato Paulista: 11 vezes
- Jogador com mais gols na História do Torneio Rio-São Paulo: 49 gols
- Maior artilheiro em uma temporada: 1959 - 127 gols
- Maior artilheiro da história da Seleção Brasileira: 95 gols
- Maior artilheiro do futebol profissional: 1283 gols
[editar] Artilharia
- Campeonato Paulista
- 1957 - Santos (20 gols)
- 1958 - Santos (58 gols) - Recorde da Competição
- 1959 - Santos (45 gols)
- 1960 - Santos (34 gols)
- 1961 - Santos (47 gols)
- 1962 - Santos (37 gols)
- 1963 - Santos (22 gols)
- 1964 - Santos (34 gols)
- 1965 - Santos (49 gols)
- 1968 - Santos (26 gols)
- 1973 - Santos (11 gols)
- Copa América
- 1959 - Brasil (9 gols)
- Campeonato Brasileiro das Forças Armadas
- 1959 - Seleção da 6ª Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM)(11 gols)
- Campeonato Sul Americano das Forças Armadas
- 1959 - Seleção Brasileira das Forças Armadas (11 gols)
- Taça Brasil
- 1961 - Santos (9 gols)
- 1963 - Santos (12 gols)
- Torneio Rio-São Paulo
- 1963 - Santos (14 gols)
- Copa Intercontinental
- 1962 - Santos (3 gols)
- 1963 - Santos
- Taça Libertadores da América
- 1963 - Santos (11 gols)
[editar] Títulos
- Santos
- Campeonato Paulista: 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973
- Torneio Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964 e 1966
- Campeonato Brasileiro: 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968
- Taça Libertadores da América: 1962 e 1963
- Copa Intercontinental: 1962 e 1963
- Recopa Sul-Americana: 1968
- Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968
- New York Cosmos
- Seleção Brasileira
- Copa do Mundo: 1958, 1962 e 1970
[editar] Prêmios
- Melhor jogador jovem da Copa do Mundo: 1958
- Bola de Prata Copa do Mundo: 1958
- Chuteira de prata Copa do Mundo: 1958
- Craque do time das estrelas da Copa do Mundo - World cup all-star team player: 1958
- Bola de Ouro - Copa do Mundo: 1970
- Craque do time das estrelas da Copa do Mundo - World cup all-star team player: 1970
- BBC Personalidade Esportiva do Ano: 1970
- Melhor jogador Sulamericano do ano: 1973
- Atleta do Século, eleito por jornalistas do mundo todo, na pesquisa realizada pelo jornal francês L'Equipe: 1981
- Atleta do Século, eleito pelo Comitê Olímpico Internacional: 1999
- Atleta do Século, eleito pelos jornalistas da Agência de Notícias Reuters: 1999
- Jogador de Futebol do Século, escolhido pela UNICEF: 1999
- Jogador de Futebol do Século, eleito pelos vencedores da Bola de Ouro da revista France Football: 1999
- Maior jogador do Século XX pela IFFHS: 1999
- Maior jogador Sulamericano do Século XX Pela IFFHS: 1999
- Maior Jogador de Futebol do Século FIFA: 2000
- Laureus World Sports Awards - Prêmio pelo conjunto da obra, entregue pelo Presidente Sul-Africano Nelson Mandela: 2000
- BBC Personalidade Esportiva do Ano - Prêmio pelo conjunto da obra: 2005
- Bola de Ouro Especial da revista Placar: 1987
[editar] Nas artes
- Filmografia
- Isto É Pelé (documentário)
- Os Trombadinhas
- Pedro Mico
- Fuga para a Vitória
- A Marcha
- Os Trapalhões e o Rei do Futebol
- Pelé Eterno (documentário)
- Telenovela
- Discografia[11]
Pelé gravou o compacto Tabelinha com a cantora Elis Regina no ano de 1969. O disco foi gravado pela Philips/CBD, hoje Universal Music. (Philips 365291) com as canções Vexamão e Perdão Não Tem.
As canções estão disponíveis no CD duplo Elis Regina 20 anos de Saudade, de 2002 (Universal Music) e no CD Peléginga, de 2006 (EMI).
[editar] Curiosidades
- Mudou a história da evolução tática do Futebol, já que por sua causa foram criadas posições até então inexistentes neste esporte, como, por exemplo, o cabeça-de-área.
- Apesar de hoje ser torcedor santista, Pelé era vascaíno durante a sua infância em Bauru-SP. Pelé vestiu a camisa do Vasco no início da sua carreira, em junho de 1957, em três partidas no Maracanã, contra o Belenenses (Portugal), Dínamo Zagreb (Iugoslávia) e Flamengo. Pelé marcou gols em todas as partidas.
- Pelé conta que certa vez, seu pai, seu Dondinho, lhe mostrou um recorte de jornal que falava de um jogo em que ele fizera cinco gols, todos de cabeça. Esse recorde de seu pai nem o "Rei" conseguiu superar.
- Pelé foi rei até debaixo das traves. Ele atuou colo goleiro por quatro vezes, todas pelo Santos. Nas quatros oportunidades, somou 43 minutos atuando debaixo das traves e não levou nenhum gol. O "Rei" sempre afirmou que gostava de jogar nessa posição e nos rachões do time santista sempre que podia, ia fazer suas defesas.
- Pelé esteve para ser contratado pelo Bangu, time do Rio de Janeiro, mas sua mãe não queria que ele mudasse para tão longe de São Paulo.
- Patrocinado por uma marca de refrigerante famoso internacionalmente, Pelé filmou várias "aulas de como se jogar futebol" no início dos anos 1970: nelas, pode se observar a sua técnica: "matadas" de bola no peito, dribles de todos os tipos ("chapéus", tabela com a "canela" do adversário), cabeceio com grande impulsão e também de "peixinho", chutes fortes. Pelé também mostra como ele jogava com as pernas dobradas, para melhorar seu equilíbrio em função do centro de gravidade do corpo.
- Ameaçado de perder a artilharia do Campeonato Paulista de 1964 pela primeira vez desde 1958, Pelé marcou oito gols em uma só partida: vitória do Santos por 11 a 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto. Milton Neves conta que o técnico do time do interior Osvaldo Brandão perdeu o cargo logo após essa goleada, mas foi contratado pelo Corinthians. No seu novo clube, na estréia, o Corinthians perdeu de 7 a 4, com Pelé marcando mais 4 gols.
- Pelé afirma que seu gol mais bonito foi marcado no estádio do Juventus na rua Javari (bairro da Mooca) em 2 de agosto de 1959 no Campeonato Paulista. Como não existem imagens deste feito, Pelé aceitou recriá-lo através de computação gráfica, para o documentário Pelé Eterno.
- Pelé parou temporariamente a guerra civil no Congo Belga em 1969, quando, durante excursão pela África, o Santos jogou duas partidas de exibição no país, então dividido pela guerra.[12]
- Além de ter atuado em clubes, Pelé ainda atuou por algumas seleções e combinados regionais, e em apenas três oportunidades não deixou sua marca.
- Seleção do 6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM)(1959), 11 gols
- Seleção Paulista (1959-60 e 1968/69), 11 gols
- Seleção das Forças Armadas (1959), 4 gols
- Seleção dos Sind. dos Atletas-SP (1961/62), 3 gols
- Seleção do Sudeste (1983), 1 gol
- Seleção dos Amigos do Garrincha, 1 gol
- Seleção Norte Americana de Astros (1975)
- Seleção dos ex-atletas do New York Cosmos (1984)
- Seleção Brasileira de Seniores (1987)
- Pelé também defendeu a camisa de uma outra seleção nacional, em 22 de abril de 1978, para promover uma excursão do Fluminense pela África, Pelé atuou pela seleção da Nigéria até os 35 minutos do primeiro tempo, quando foi substituído por Nalando. Na mesma excursão, Pelé disputou uma partida com a camisa do Fluminense. O jogo ocorreu na cidade de Kaduna e terminou com a vitória de 2x1 em cima do Racca Rovers, que no mesmo ano se tornou campeão nacional.
- A polêmica acerca do gol número mil do "Rei do futebol", se deu pois constatou-se um erro ao não se computar um gol que Pelé marcou pela Seleção das Forças Armadas do Brasil contra a Seleção das Forças Armadas do Paraguai, no placar final que foi de 4 a 1 (e não 4 a 3 como se veiculava na época) do dia 18 de novembro de 1959 (e não 5 de novembro) o "Rei" marcou um gol, e com isso o "verdadeiro" gol 1000 teria ocorrido em 14 de novembro de 1969, cinco dias antes daquele que foi imortalizado no Maracanã, em um amistoso contra o Botafogo da Paraíba, na partida de inauguração do estádio Governador José Américo de Almeida, aos 23 minutos do segundo tempo, também de pênalti Pelé fez o terceiro gol da partida e àquele que "corretamente" é o seu milésimo gol. Todavia, Celso Unzelte, numa reportagem para Placar a qual citou no programa "Loucos por Futebol" da ESPN, provou com imagens de TV que um gol de Pelé feito contra a Seleção da Tchecoslováquia em 1965, constante da lista original, na verdade foi de Coutinho. Dessa forma, segundo ele, estava restabelecido o milésimo gol como sendo o feito sobre o Vasco da Gama.
- Foi o maior carrasco do Sport Club Corinthians Paulista, rival do Santos Futebol Clube. Em um total de 47 partidas pelo Santos, ele marcou 48 gols (média de 1,02 gol por partida). Outros dois gols foram marcados com a camisa da Seleção Brasileira, na partida Brasil 5 - Corinthians 0, completando assim 50 gols em 48 partidas.
- No dia 6 de abril de 1979, já aposentado e aos 39 anos de idade, Pelé vestiu a camisa do Flamengo em uma partida não-oficial no Estádio do Maracanã. Jogando ao lado de Zico, que honrosamente lhe cedeu a camisa 10 e usou a 9, Pelé e o então elenco do Flamengo enfrentaram o Atlético Mineiro. Com a presença de "Rei do Futebol", o público chegou a 139.953 pagantes, e a renda foi revertida para as vítimas das enchentes de Minas Gerais
- Certa vez, o time do Santos foi excursionar pela Colômbia. Numa partida, Pelé foi expulso pelo árbitro, após um soco do jogador Abel do Santos no juíz. A torcida local presente no estádio se revoltou e não quis nem saber: invadiu o campo e pediu Pelé de volta. Como ficou aquele impasse devido à decisão do árbitro em expulsar o "Rei", não tiveram dúvidas e resolveram expulsar o juiz. Com Pelé de volta, o jogo continuou.
- O número 1000 parece perseguir Pelé, já que ele o alcançou por 3 oportunidades: O milésimo gol da carreira, o milésimo gol pelo Santos e a milésima atuação com a camisa do Peixe.
- Pelé é bastante cohecido também pelos gols que não fez, principalmente na Copa de 1970. Quatro lances são clássicos, e não saem da cabeça do torcedor. São eles: A defesa do goleiroinglêsGordon Banks, numa cabeçada à queima-roupa de Pelé (naquela que é considerada a maior defesa da história do futebol); A tentativa de gol do meio-de-campo contra a União Soviética, fato até então inédito; Um sem-pulo de primeira, após uma reposição de bola do goleiroMazurkiewicz, do Uruguai; e um drible da vaca sem tocar na bola, no mesmo Mazurkiewicz, após belo passe de Tostão, no qual Pelé chutou cruzado para fora.
- Pelé é um dos poucos brasileiros a possuir o título de Sir da Ordem do Império Britânico na categoria Knight Commander (KBE), o título completo em inglês é Knight Commander of the Order of the British Empire, que em tradução livre seria "Comandante Cavaleiro da Ordem do Império Britânico".[13]
- Em 2002, Pelé foi convidado para dar a bandeirada final no GP do Brasil de Fórmula 1. Mas Pelé acabou se distraindo e não deu a bandeirada para Michael Schumacher. No total, 8 pilotos passaram sem ter visto a bandeira quadriculada tremulando.
- Em 2009 foi anunciado a parceria de Pelé com a Ubisoft para o desenvolvimento de um jogo de video-game de futebol para o Nintendo Wii no qual Pelé é o personagem principal.[14] O jogo chamado "Academy of Champions" remete a idéia de Pelé de trazer o esporte para os mais jovens.[15]